Comprei, li e gamei na mais nova graphic novel da Turma da Mônica: "Pavor Espaciar", de Gustavo Duarte: Chico Bento e Zé Lelé abduzidos por uma estranha nave espacial em forma de robô e todo o trabalho alien em trabalhar com trocas de cérebros... Confesso que curti mais o "Laços" (imprescindível em sua biblioteca particular !!!), mas vale muito pela qualidade do material, pelo traço do artista e pelas risadas que inevitavelmente soltamos em cada tirada do caipirinha mais amado do Brasil, sô !!!
Saudações tripulantes que já foram abduzidos por outras naves!
Acabei de voltar da banca com a mais nova Graphic Novel da MSP, dessa vez dedicada ao caipirinha mais amado do Brasil (depois do Mazzaropi, claro).
O que eu posso dizer sobre “Chico Bento Pavor Espaciar”? Vou repetir uma frase de Doctor Who: “É muita correria”.
Verdade seja dita, de todas as revistas da Graphic MSP é a que você lê mais rápido. É história simples e sem grandes comprometimentos emocionais ou nostálgicos.
Num determinado momento parece que até o comprometimento com a história em si é esquecido. Tem vários easter eggs. Algumas bem óbvias e outras nem tanto, mas nada que impeça a leitura por alguém que como eu, não leia o personagem a muito tempo. Ou pelo menos não deveria.
Reconheço que não lembrava do Torresmo e da Giselda, mas conheço o Zé Lelé, o maluquinho da cidade, que ao lado doTorresmo rendeu boas piadas.
Os vilões da história? Bem… Depois dos ETs Bilu e de Varginha é a vez dos ETs de Vila Abobrinha. Os garotos são sequestrados por eles e levados para a sua nave, onde se tornarão vítimas de seus experimentos.
E isso é tudo que você precisa saber da história, pois o resto é uma grande correria recheadas de piadas sobre trocas de corpo, citações a personagens da empresa e referencias que devem fazer mais sentido para os fãs de ufologia, afinal, são mostrados aviões e navios que (no mundo real) desapareceram em circunstâncias estranhas como o Cyclops, navio que desapareceu em 1918 no triangulo das bermudas.
Mas como eu que sou interessado tive de googlar pra pegar essa referência, ela certamente passará despercebida pro leitor comum. Felizmente a história não depende delas para seguir adiante.
As aparições do “Elefante mais amado do Brasil” e do Cascão funcionam mais pro leitor médio. Talvez os fãs de Arquivo X reconheçam a cena da primeira abdução de Scully, quando Moulder a viu grávida sendo manipulada pelos aliens.
Entenda, não é uma história ruim, é divertida. O problema é que fica aquela coisa de revista de desenhista. Quando as outras tiveram roteiros bem envolventes, nesta, você gasta mais tempo vendo os detalhes da arte.
E vamos combinar: Gustavo Duarte é um excelente desenhista que aproveitou cada chance que teve pra fazer um trabalho primoroso, infelizmente, no final fica aquela sensação de: “Mas já acabou”? “É só isso”? E o pior é que é só isso mesmo. Fim da história.
Os extras são legais e mostram detalhes da produção da revista, assim como uma breve história do Chico Bento, a qualidade é a mesma consagrada pelas Graphic Novels da editora e temos as duas verões de capa; a mole que foi para as bancas e a dura que você só acha em gibiterias. Comprei a mole, mas se achar a dura eu pego.
(Fonte: http://cruzadorfantasma.com.br/)
Nenhum comentário:
Postar um comentário